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30.Ago - A Igreja no Brasil recorda hoje o Beato Eustáquio Van Lieshout
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A Igreja no Brasil recorda hoje o Beato Eustáquio Van Lieshout





Vatican News


Eustáquio nasceu em Aarle-Rixtel, nos Países Baixos, no dia 3 de novembro de 1890, no seio de uma família profundamente religiosa e numerosa. Seus pais, Guilherme e Elizabete, tiveram onze filhos, dos quais, além de Eustáquio, três filhas também seguiram a vocação religiosa. Foi batizado foi no mesmo dia do seu nascimento com o nome de Humberto. Em 1901, recebeu a Primeira Comunhão e foi crismado em 1904.


Ainda adolescente, ao ler a história de São Damião de Molokai, Eustáquio sentiu uma profunda atração pela vida e heroísmo de deste santo. Desde então, seu grande sonho era ser missionário como o “apóstolo dos hansenianos”. Assim, com quase 15 anos, ingressou para o Seminário da Congregação dos Sagrados Corações.


Em 1915, o jovem holandês professou os Votos religiosos de Pobreza, Castidade e Obediência, tornando-se religioso dos Sagrados Corações como seu herói, São Damião de Molokai. Em 1919, ao receber a ordenação sacerdotal, serviu ao Povo de Deus na Holanda em várias missões. Destacou-se de tal forma, que o Rei da Bélgica lhe conferiu uma condecoração pela sua obra em meio aos refugiados belgas, por causa da Primeira Guerra Mundial.


Missão no Brasil


Em 12 de maio de 1925, deixou seu país e partiu para o Brasil, onde desembarcou no Rio de Janeiro. Entretanto, seu ideal missionário se realizou, sobretudo, no povoado de Água Suja, no Triângulo Mineiro, que, depois, se tornou Romaria. Ali, Eustáquio foi um dos três fundadores da primeira comunidade da Congregação dos Sagrados Corações.


A localidade era uma região de mineração e passava por enormes necessidades espirituais e materiais. O farol, que iluminava a vida daqueles mineiros, era o antigo Santuário dedicado a Nossa Senhora da Abadia. Ao longo de dez anos de trabalho, o sacerdote holandês começou a construir o novo Santuário, que se tornou um grande centro de espiritualidade e peregrinação do povoado de Água Suja, que, depois, foi chamado Romaria. Em 1926, os três missionários holandeses fundaram também o Colégio “Regina Pacis”, em Araguari e, em 1927, o Ginásio Dom Lustosa, na cidade de Patrocínio.


Em Romaria, como em outras cidades, Padre Eustáquio sempre se dedicou, com grande zelo, aos pobres e enfermos. Em suas visitas às casas dos paroquianos, servia até de médico e enfermeiro dos doentes.


Pároco e Santo de Poá, São Paulo


O missionário holandês era considerado taumaturgo, devido a várias curas prodigiosas. Mas, precisamente em Poá (SP), para onde havia sido transferido como pároco, em fevereiro de 1935, Padre Eustáquio começou a ser conhecido, cada vez mais, pela sua fama de santidade, que se espalhou por todo o país. Sempre abençoava seus os fiéis com a saudação: “Saúde e paz”. Muitas vezes, com suas bênçãos, os enfermos ficavam curados e seus corações “repletos de paz”.


Na nova cidade, graças ao Padre Eustáquio, a população da região venceu o indiferentismo religioso e muitos se libertaram das seitas. O homem de Deus era muito procurado por multidões para pedir alívio em seus sofrimentos espirituais e físicos. Devido à grande afluência de fiéis em Poá, as autoridades civis e religiosas, pediram aos seus Superiores para que o missionário fosse transferido.


Surpreendido pela notícia, o virtuoso homem de Deus obedeceu, sem reclamar, e deixou, como um migrante, a sua querida Poá.


Retorno a Minas Gerais


Em outubro de 1941, Padre Eustáquio foi enviado, pela sua Congregação, à cidade de Patrocínio, onde pôde contar com a ajuda de seus coirmãos em sua obra apostólica. Mas, não ficou ali por muito tempo, pois o Arcebispo de Belo Horizonte o convocou para trabalhar na sua arquidiocese. Em 3 de abril de 1942, ao chegar à capital mineira, Padre Eustáquio assumiu a paróquia dos Sagrados Corações, onde o zeloso pastor de almas exerceu sua missão pastoral, com maior liberdade, continuando seus carismas de cura e conselhos. Ali, o homem de Deus e pastor de almas permaneceu até o fim da sua vida, em 30 de agosto de 1943.


Volta à casa do Pai e beatificação


Padre Eustáquio sabia que a alma de todo apostolado é a vida interior. Por isso, além de passar quase toda a noite em oração, não deixava de fazer sua meditação diária, rezava o rosário e o breviário e dedicava horas de adoração ao Santíssimo Sacramento. Para ele, a oração era o alimento que lhe dava energia e força. De fato, observava à risca o lema da sua Congregação: "Para mim o trabalho, para o próximo a utilidade, para os Sagrados Corações a honra e a glória".


Em 20 de agosto de 1943, ao atender um doente de tifo exantemático, Padre Eustáquio contraiu a grave enfermidade, então incurável. Em apenas dez dias, o missionário holandês partiu para a eternidade, que ele mesmo profetizava: permaneceu sempre sereno, em meio aos sofrimentos cruéis e atrozes. Em seu derradeiro momento, renovou os votos religiosos. Era 30 de agosto de 1943. Seus restos mortais descansam no seu Santuário dedicado a Nossa Senhora da Abadia.


Ao reconhecer suas virtudes heroicas, a Santa Igreja concedeu-lhe a graça de ser venerado sobre os altares como “Beato Eustáquio Lieshout”, modelo dos párocos e religiosos.


Em 15 de junho de 2006, o Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, presidiu à solene cerimônia de Beatificação do Padre Eustáquio no estádio de Belo Horizonte (MG).



Fonte: Vatican News

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